sexta-feira, 1 de junho de 2007

Polêmica


Em 2002, a série satirizou o Brasil no episódio 15 da 13ª Temporada "Blame It on Lisa (O Feitiço de Lisa)". O nome em inglês do episódio faz referência a um filme gravado no Rio e estrelado pelo ator inglês Michael Caine.

O episódio mostra o Rio de Janeiro com macacos e ratos nas ruas e com uma população sexualmente agressiva. No episódio, Homer é seqüestrado e Bart é atacado por pivetes.

A Embratur protestou e ameaçou processar os produtores da série. A atitude do governo brasileiro (veja nos próximos parágrafos) foi alvo de chacota em diversas reportagens na imprensa internacional. Antes mesmo do episódio ir ao ar no Brasil, o secretário de turismo do Rio de Janeiro protestou a respeito da forma em que a cidade foi retratada: com a presença de crimes por toda parte, mendigos, pivetes de rua, vandalismo, seqüestros e macacos - sendo que esta última, como evidenciado ao longo do episódio, se refere à forma racista de chamar os negros de "macacos".

Em nota pública, o produtor-chefe da série, James L. Brooks, desculpou-se e disse que caso fosse preciso Homer gostaria de convidar o então presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso ao clube Celebrity Boxing. De fato, Mauricio Ricardo, do site Charges fez uma charge na qual Homer e Bart tiveram tal encontro.

Após estes explicarem que poderiam modificar o episódio a fim de mostrar como é o Brasil de fato (cheio de mosquitos da dengue ao invés de macacos, criminosos fortemente armados, taxistas não autorizados, dentre outras coisas), Fernando Henrique Cardoso decidiu manter o episódio sem mudar nada.

Apesar de uma possível ação legal movida pela Secretaria de Turismo ter sido revogada, os roteiristas ainda fizeram uma "running gag" da mesma onde Homer se refere ao "problema dos macacos ficando sempre pior" no Rio nos Monólogos de Regina e Krusty o Palhaço revelando no show "Mr. Spritz Goes to Washington" que oficiais de imigração estão constantemente sondando-o porque seu ajudante, o macaco Mr. Teeny, veio do Brasil, e ainda adiciona que "seu tio era o macaco-chefe da Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro".

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